Avanços e desafios das práticas ESG no Brasil: um estudo com seguradoras listadas na B3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37497/esg.v7iesg.1616

Palavras-chave:

práticas ESG, mercado segurador brasileiro, teoria dos stakeholders, sustentabilidade empresarial, Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

Resumo

Objetivo: Este estudo visa analisar as práticas de Environmental, Social, and Governance (ESG) de seguradoras brasileiras listadas na B3, identificando seus resultados, lacunas e pontos para melhoria.

Metodologia: A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, utilizando a técnica de análise documental. Foram examinados relatórios de relações com investidores das seguradoras para coletar e analisar dados sobre suas práticas ESG.

Resultados: Identificou-se uma variedade de práticas ESG implementadas, incluindo gestão de emissões de gases, ecoeficiência, subscrição de riscos climáticos, e programas de educação socioambiental. No entanto, também foram observados pontos de melhoria, como a necessidade de mais ações voltadas para a inclusão financeira e social.

Implicações Práticas: Os resultados sugerem que a adoção de práticas ESG pode beneficiar as seguradoras ao melhorar sua imagem e reduzir riscos, além de destacar a importância de uma governança corporativa responsável e efetiva.

Conclusões: O estudo conclui que, embora haja um progresso significativo nas práticas ESG entre as seguradoras brasileiras, ainda existem desafios importantes a serem superados para que tais práticas sejam mais integradas e resultem em benefícios sustentáveis a longo prazo tanto para as empresas quanto para a sociedade.

Biografia do Autor

Ed de Almeida Carlos, Centro Universitário da FEI, São Paulo

Doctorate in Business Administration from the Fundação Educacional Inaciana Padre Saboia de Medeiros, obtained in 2023. He works as an executive in the insurance market and is a consultant at Eracorp Consultoria. He is also a visiting professor at FK Partners, Grupo IBMEC, and Insper, as well as an adjunct professor at Centro Universitário Senac. His expertise lies in the field of Business Administration, primarily focusing on technical reporting, business planning, entrepreneurship, the Brazilian insurance market, business strategy, and sales management.

Referências

B3. B3. Disponível em: <http://www.b3.com.br/pt_br/>. Acesso em: 28 jun. 2023.

BB SEGURIDADE. BB Seguridade. Disponível em: <http://www.bbseguridaderi.com.br/>. Acesso em: 6 jun. 2023.

BLACKROCK. Adapt and thrive: Insurers seek opportunity in the changing world - 2022 Global Insurance Report. 2022.

BRADESCO SEGUROS. Bradesco Seguros - Relatório de Sustentabilidade 2022. 2022.

BRIDGES, T.; EUBANK, D. Leading sustainably : the path to sustainable business and how the SDGs changed everything. Routledge, 2020.

BUENO, D. Para mais de 34% dos CEOs do setor segurador, negócios não deverão voltar à normalidade até o ano que vem. Blog Sonho Seguro, , 2021a.

BUENO, D. Depois de enfrentar a pandemia e de arrumar a casa em 2020, IRB Brasil Re está otimista com 2021. Blog Sonho Seguro, , 2021b.

CAI, Y.; JO, H.; PAN, C. Doing well while doing bad? CSR in controversial industry sectors. Journal of Business Ethics, v. 108, n. 4, p. 467–480, 2012.

CAIXA SEGURIDADE. Caixa Seguridade. Disponível em: <http://www.ri.caixaseguridade.com.br/>. Acesso em: 6 jun. 2023.

CARLOS, M. DA G. DE O.; MORAIS, D. O. C. DE. Responsabilidade Social Em Instituições Financeiras E Investimentos Responsáveis Em Tempos De Pandemia. Revista Gestão e Desenvolvimento, v. 18, n. 2, p. 26–55, 2021.

CARROL, A. B. Corporate social responsibility: evolution of a definitional construct. Business and Society, v. 38, n. 3, p. 268–295, 1999.

CARROLL, A. B. Corporate social responsibility: The centerpiece of competing and complementary frameworks. Organizational dynamics, v. 44, n. 2, p. 87–96, 2015.

CNSEG. CNSEG - Estatísticas. Disponível em: <https://cnseg.org.br/analises-e-estatisticas.html>. Acesso em: 1 jul. 2023.

CNSEG. Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros. SÃO PAULO: 2023.

CRESWELL, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. 3a. edição ed. Porto Alegre: Penso, 2014.

DE LUCA RIBEIRO, T. et al. O Processo de Cocriação de Valor entre Associação de Turismo e seus Associados sob a perspectiva da gerência da Associação. Revista Rosa dos Ventos-Turismo e Hospitalidade, v. 15, n. 2, p. 288-309, 2023.

DEEGAN, C. R. A. I. G. Introduction: the legitimising effect of social and environmental disclosures. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 15, n. 3, p. 282–311, 2002.

DISTRITO. inside ESG TECH . REPORT. 2021.

DUDA, E. DO N. et al. CULTURA SUSTENTÁVEL RIMA COM BOM DESEMPENHO ? UM ESTUDO DAS EMPRESAS LISTADAS NO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE). RGSA, v. 16, n. 2, p. 1–18, 2022.

ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca: edição histórica de 12 anos. SÃO PAULO: M. Books, 2012.

FASSIN, Y. A dynamic perspective in Freeman’s stakeholder model. Journal of Business Ethics, v. 96, n. July, p. 39–49, 2010.

FORTE, H. C. et al. Influência das Controvérsias ASG sobre o Desempenho dos Relatórios de Responsabilidade Social Corporativa: uma Análise das Empresas Listadas na B3. XLIV EnANPAD. Anais...2020

FREDERICK, W. C. The growing concern over business responsibility. California Management Review, v. 2, n. 4, p. 54–61, 1960.

FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. Massachusetts: Pitman, 1984.

GIRÃO, M.; BARRETO, L. M. Americanas : nem tudo o que reluz é ouro. Cadernos EBAPE.BR, p. 1–20, 2023.

GODOI, C. K.; SILVA, A. B. .; MELO, R. B. Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais – paradigmas, estratégias e métodos. 2a. ed. SÃO PAULO: Saraiva, 2010.

IRB RE. IRB Re. Disponível em: <https://ri.irbre.com/>. Acesso em: 6 jun. 2023.

LEWIS, E.; LEWIS, E. Triple Bottom Line. Organizações e Sustentabilidade, v. 3, p. 272–285, 2015.

MACEDO, P. DE S. et al. O Impacto do ESG no Valor e Custo de Capital das Empresas. Contabilidade Gestão e Governança, v. 25, n. 2, p. 159–175, 2022.

MAPFRE ECONOMICS. GIP-MAPFRE 2021. Madri: Fundacion Mapfre, 2021.

MAZZIONI, S. et al. REFLEXOS DAS PRÁTICAS ESG E DA ADESÃO AOS ODS NA REPUTAÇÃO CORPORATIVA E NO VALOR DE MERCADO. RGO - Revista Gestão Organizacional, v. 16, n. 3, p. 59–77, 2023.

MCGUIRE, J. W. Business and society. Technology and Culture, v. 5, n. 3, p. 478–480, 1963.

METLIFE. Relatório De Responsabilidade Social Metlife 2022.

PACTO GLOBAL REDE BRASIL. Pacto Global Rede Brasil. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/>. Acesso em: 16 jul. 2021.

PASSONI, C. M. et al. Enchentes, barragens e desastres: Quem é o responsável por um desastre tecnológico? FGV Direito SP, 2022.

PORTO SEGURO. Porto Seguro. Disponível em: <http://ri.portoseguro.com.br/>. Acesso em: 6 jun. 2023.

PRINCIPLES FOR RESPONSIBLE INVESTMENT. Integrating ESG Issues Into Executive Pay: environmental, social and governance., 2012.

REDECKER, A. C.; TRINDADE, L. DE M. Práticas De Esg Em Sociedades Anônimas De Capital Aberto: Um Diálogo Entre a Função Social Instituída Pela Lei N 6.404/76 e a Geração de Valor. RJLB, v. 7, n. 2, p. 59–125, 2021.

REMCHUKOV, M.; ROZHOK, D. Why COVID-19 is a litmus test for corporate attitudes to sustainability.World Economic Forum, , 2020.

RIBEIRO, H. C. M. Teoria dos Stakeholders: um estudo bibliométrico de sua produção acadêmica divulgada nos periódicos nacionais de 1999 a 2013. Contextus, v. 14, n. 1, p. 163–192, 2016.

ROLOFF, J. A life cycle model of multi-stakeholder networks. Business Ethics: A European Review, v. 17, n. 3, p. 311–325, 2008.

ROWLEY, T. J. Moving beyond Dyadic Ties: A Network Theory of Stakeholder Influences. The Academy of Management Review, v. 22, n. 4, p. 887, 1997.

SANT ANA, W. P.; LEMOS, G. C. Metodologia Científica: a pesquisa qualitativa nas visões de Lüdke e André. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, v. 4, n. 12, p. 531–541, 2018.

SANTANA, J. S. DE; FARIAS, Ú. P. L. DE. Racismo Ambiental : a divisão racial da cidade de Salvador e os impactos ambientais. Educação Sem Distância, v. 4, p. 1–22, 2021.

SANTOS, D. J. F. DOS et al. Proposta de Regulação para classificação de Fundos de Investimento sob a temática ASG / ESG (Ambiental, Social e Governança). Boletim Economia Empírica, v. 2, n. 8, p. 63–69, 2021.

STOCKER, F. et al. Teoria de Redes de Influências de “Stakeholders”: uma abordagem revisitada. Cadernos EBAPE.BR, v. 17, n. spe, p. 673–688, 2019.

WCED. Our common Future. Oxford: WCED, 1987.

Downloads

Publicado

2024-04-30

Como Citar

ALMEIDA CARLOS, Ed de. Avanços e desafios das práticas ESG no Brasil: um estudo com seguradoras listadas na B3. ESG Law Review, São Paulo (SP), v. 7, n. esg, p. e01616, 2024. DOI: 10.37497/esg.v7iesg.1616. Disponível em: https://esgstudiesreview.org/convergencias/article/view/1616. Acesso em: 15 out. 2024.